Minha avó Nayr faleceu na casa de seus pais de uma doença grave e rápida. Como meu avô se viu de uma hora para outra viúvo e com cinco filhos, decidiu deixá-los com os sogros, Dona Natalina Horn de Carvalho (mais conhecida como Macadê) e Horácio de Carvalho. Deve ter sido uma decisão muito difícil e sofrida. As irmãs de Nayr nunca aceitaram muito bem a figura do meu avô Bernardino. Criada com todo o cuidado, Nayr era cercada de uma família acostumada as coisas boas da vida, a música era algo comum na casa dos Carvalho. Como se tratava de uma casa de mulheres, o piano era tocado por todas e fazia parte da educação das moças daquela época. Era comum o piano ser tocado a quatro mãos, ou seja, em dupla, bem como o violino. O violino da família foi comprado pelo regente HélioTeixeira da Rosa, da tia Carmen. Minha vó Nayr era companheira de piano de tia Carmen. Tenho ainda algumas partituras que pertenceram a tia Carmen e que com certeza passou pelas mãos de minha avó. A música, e especialmente o piano, é algo que sempre esteve presente na família dos Carvalho e dos Horn, herança que felizmente herdei e que minha filha também cultiva.
Inicialmente, meu pai foi encaminhado para viver com a sua avó paterna (Marcolina de Souza) em São Joaquim – SC. Tia Elza, Tia Nenen e tio Eduardo ficaram na casa da Macadê e de Horácio. Já tia Rutinha que tinha apenas um ano de idade, foi morar com Amadeo Horn, irmão de Macadê.
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Natalina Horn de Carvalho (vó de Solon) |
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