Blumenau - centenário da cidade
Uma passagem curiosa da
vida de meu pai, em 1950, ocorreu quando ele reencontra seu pai – Bernardino depois de muitos anos. Meus pais, em companhia de meu vô Mário Vieira da Rosa, visitam Blumenau no dia da comemoração do centenário da fundação de Blumenau no decorrente ano. Estavam na rua vendo o desfile e meu avô localiza Bernardino, dizendo para meu pai: "Solon, olha. O teu pai está lá". Meu pai leva um susto e
resolve procurá-lo para conversar. Mais uma vez os destinos se cruzam. Meu avô
Bernardino viveu o resto de sua vida em Blumenau, casou-se com Ondina e morreu
em 1978, vítima de tumor na papila. Claro que meu pai visitava o velho Bernardino
quando menino e jovem, mas nunca foram muito ligados.
Minhas recordações são de um homem alto, muito elegante, de terno e camisa branca impecável. Jeito de galâ.
Lembro de uma visita que fizemos a a ele em Blumenau, na década de 1970, em que ele morava na rua Goiana, e de lá já era
possível ver os primeiros prédios da FURB. Todo orgulhoso, meu avô apontava e
dizia. "Vejam, lá está a nossa Universidade". Depois, na década de 1990, vim
morar em Blumenau e trabalhar como professora na FURB. Compartilho o mesmo orgulho de
meu avô da primeira universidade do interior do estado.
Bernardino Alexandre de Souza com 40 anos. |
O vô Bernadinho era realmente um homem
indecifrável, quando completou 70 anos nos reunimos na casa da tia Elza e do
tio Elói Losso e ele entregou uma foto de quando tinha 40 anos. Sua profissão
era de desenhista ou design de
sapatos. Um verdadeiro artista, como dizia meu pai. Tia Rutinha ainda guarda os
seus croquis.
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