Família Lentz
Família
Lentz ou Lenz
As primeiras famílias que migraram para São Pedro de
Alcântara eram de agricultores, vindos da Renânia meridional, região chamada de
“Hunsrück”, atualmente Alemanha e de ex-soldados liberados do exército militar imperial. Motivados pelas dificuldades na terra natal e as promessas do governo
brasileiro à época, partiram do porto de Bremem,
Alemanha, com destino ao Rio de Janeiro, em 7 de junho de 1828, a bordo do navio
Charlotte & Louise .
Figura 1 - Localização da região de Hunsrück |
Uma dessas famílias era de Johann Jacob Brand (62) viúvo que veio junto com a filha Maria Anna Brand, (18) passageiros do Charlotte & Louise nrºs 204 e 205, segundo lista de passageiros da Biblioteca Nacional e Jochem. A outra filha Maria Angela Brand era esposa do Heinrich Bohrens que trouxe seus filhos.
Fonte: Fey, Ademar Felipe. Navio Charlotte & Louise - Ano 1828: Imigração Alemã no Brasil (p. 53). Edição do Kindle.
Durante a estadia no Rio de Janeiro, enquanto aguardava a vinda para Desterro, Maria Anna Brand conhece o soldado do batalhão de estrangeiros Sebastião Lenz (Lentz) , se enamoram e casam quando chegam em Desterro. Maria Anna e Sebastião Lenz viajam para São Pedro de Alcantara via Desterro no Brigue Marques Vianna. Fontes: BN, Jochem
Recepcionados pelas autoridades e
interpretes, foram alojados em quartéis da cidade, a maioria no quartel do Campo
do Manejo (atual Instituto de Educação). Enquanto esperavam os trâmites
burocráticos, muitos casamentos foram realizados; e foi neste período que
aconteceu o casamento de Maria Anna
Brandt com Sebastião Lenz
(Lentz) em 26 de novembro de 1828.
Figura 2 : Certidão de casamento de Maria Anna Brandt com Sebastian Lenz |
Sebastian Lenz veio para o Brasil a partir do porto de Bremem a bordo da galera Bremense Harmonie em 01/05/1828 e chega no porto do Rio de Janeiro depois de 62 dias de viagem, em 02/07/1828. (FEY, 2020). Sua vinda tinha como objetivo servir como soldado no 3 Batalhão de Granadeiros do exército imperial brasileiro constituido por D Pedro I. (FEY, 2020 e LEMOS, 1996).
Conforme observado por Philippi (1995), o sobrenome Lenz pode ser encontrado como Lentz, Lens, Leins e Lins.
Considera-se o dia 01 de março de
1829 como a data da criação da Colônia São Pedro de Alcântara, já que os
primeiros alemães entraram na colônia e começaram a edificar os primeiros barracões,
visto que a burocracia ainda estava sendo resolvida pelas autoridades locais.
Somente a partir de 9 de julho,
conforme Philippi (1995), iniciaram-se as entregas dos lotes de terra, com a
profundidade de cerca de 800 braças, aos que haviam conseguido chegar à Colônia
antes dos demais.
Dentre os primeiros treze lotes
localizados no lado norte da estrada das tropas para Lajes, encontra-se o nome do cunhado da Maria Anna Lenz, Heinrich Bohnen.
"3-Henrich Bohenen, casado e seis filhos, 75 braças, pósse em 09-07-829" (PHILIPPI, 1995) . Ver lista completa acessar os livros indicados nas referencias.
"3-Henrich Bohenen, casado e seis filhos, 75 braças, pósse em 09-07-829" (PHILIPPI, 1995) . Ver lista completa acessar os livros indicados nas referencias.
Conforme os dados da listagem e
do Censo da Colônia de 1830, apenas a família de Maria Angela
Bohnen permaneceu
em São Pedro, pois, conforme relato de Philippi(1995), parte dos imigrantes
alemães ficaram na Praia Comprida, São José da Terra Firme, onde estabeleceram-se com hospedarias,
transporte de lanchas (responsável pela conexão do continente com a Ilha),
ferrarias, sapatarias, marcenarias, casas de comércio e outras atividades,
inclusive a agricultura.
“Foi o primeiro ponto de
ligação, o primeiro entreposto da Colônia. Entre estas famíias estavam as de
Adam Michels, Heinrich Bohnen, Sebastian
Lenz, Anton Hurber, Johann Mannebach, Peter Joseph Schneider e Jakob
Zimmermann.” (1995, p. 47).
Na Praia Comprida a família de Sebastian Lenz encontrou
condições de prosperar e deixou seu legado.
Figura 4 - Relação dos colonos em São Pedro de Alcântara censo de 1830. Fonte:MATTOS, Jacinto Antonio. Colonisação do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 1917. |
SEBASTIAN LENZ (1808-1875), filho de Sebastian Lenz
e Katharina Born. Casou em 26 de
novembro de 1828 com Maria Anna Brandt
(1810-1890), filha de Johann Brandt e Katharina Elisabehta Mayer. Pais de:
·
TEODORO.
·
LUÍSA.
·
CHRISTINA.
Nasceu em 02/09/1834. Casou com Joaquim
Maximiniano dos Santos
·
ANDRÉ.
·
MARIA.
·
CATARINA.
·
MARIA.
·
JOÃO.
·
ANTÔNIO SEBASTIÃO.
·
JOAQUIM SEBASTIÃO.
·
JOSÉ SEBASTIÃO.
JOAQUIM MAXIMINIANO
DOS SANTOS (1830?-1906), filho de Maximiano José dos Santos e de Maria
Joaquina dos Santos. Comerciante e negociante na Praia Comprida, São José.
Militar e político em São José. Casou com Christina
Maria Lentz.
Pais de :
·
MANUEL.
·
JOAQUIM
·
AMÉLIA
EMÍLIA. Casou com Francisco Vieira
da Rosa.
·
ADELAIDE.
·
MAXIMIANO HONORATO.
·
MARIA MERCES.
·
EMÍLIA.
·
EMÍLIA.
·
CECÍLIA.
·
CRISTINA DORVALINA.
·
JOAQUINA.
·
JOSEFINA.
·
HORÁCIO.
Figura 5 – Certidão de casamento de Joaquim Maximiniano dos Santos e Christina Lenz |
FRANCISCO VIEIRA DA ROSA (1955-1925) casou com Amélia Emília
dos Santos (1858-1944).
REFERENCIAS:
FEY, Ademar. Imigração Alemã no Brasil: Navios e Passageiros Anos 1828 a 183. Caxias do Sul: Ademar Felipe Fey, 2020.
JOCHEM, Toni. Visibilidade étnica dos imigrantes do Hunsbrück em Santa Catarina. http://www.aguasmornas.sc.gov.br/imigracao/Palestra-ChileToni.pdf Acessado em 18/09/2016LEMOS, Juvêncio Saldanha. Os mercenários do Imperador: a primeira corrente imigratória no Brasil (1824-1830). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1996.
MACHADO, Osni Antonio. Dicionário Político Josefense. São José: Ed. do Autor, 2006.
MATTOS, Jacintho Antonio. Colonisação do Estado de Santa Catarina: dados históricos e estatísticos (1640-1916). Florianópolis: Gab. Typ. "O dia", 1917.
PHILIPPI, Aderval João. São Pedro de Alcântara: a primeira colônia alemã de Santa Catarina. Florianópólis: Ed. do autor, 1995.
SCHMITT, Elzeário. A primeira comunidade alemã em Santa Catarina. Florianópolis: IOESC, 1979.
MACHADO, Osni Antonio. Dicionário Político Josefense. São José: Ed. do Autor, 2006.
MATTOS, Jacintho Antonio. Colonisação do Estado de Santa Catarina: dados históricos e estatísticos (1640-1916). Florianópolis: Gab. Typ. "O dia", 1917.
PHILIPPI, Aderval João. São Pedro de Alcântara: a primeira colônia alemã de Santa Catarina. Florianópólis: Ed. do autor, 1995.
SCHMITT, Elzeário. A primeira comunidade alemã em Santa Catarina. Florianópolis: IOESC, 1979.
Boa tarde!
ResponderExcluirMeu nome é Sandra, moro em Florianópolis e tenho Lentz no sobrenome, vindos d origem materna. Meu bisavô Joaquim Sebastiao Lentz era irmão da sua bisavó.
Estou pesquisando para ver se o ancestral Sebastian Lenz veio de Luxemburgo. Vc tem essa informação? Obrigada!
Olá, Sandra. Pelo que pesquisei eles vieram da Alemanha, mesmo. Não de Luxemburgo. Abs
ExcluirTenho Lentz no sobrenome, pelo que pesquisei ele desembarcou em Paranaguá com registro russo. Pode ser do grupo que habitou o Volga na época de Catarina a Grande, O "T" veio da transliteração mal feita do alfabeto cirílico : Себастьян Ленц. A profissão era "lavrador" então também pode ter sido servo liberto, neste caso era eslavo e não germânico, o que bate com um exame de DNA que minha filha fez.
ExcluirMeu nome é Dilma Lentz,meu bisobo era Hipólito Lentz e meu avô Antonio Lentz .gostaria de mais informações. Aguardo contato. Dilmalentz@Hotmail.com
ResponderExcluirolá, me.chamo Márcia Lentz, sou filha de Guilherme Lentz, natural de pirataba- Torres- RS, meu pai é filho de Abrelino Cristiano Lentz e Ana Maria de Mattos.
ResponderExcluirOlá Márcia, sou bisneta de Osmar Lentz. Também sou natural de Pirataba- Torres,RS.
ExcluirMe chamo Leandro Raiter Lenz, sou filho de Eugen Lenz e neto de Edmundo Sobrinho Lenz e somos de Santo Ângelo - RS
ResponderExcluirMe chamo Leandro Raiter Lenz, sou filho de Eugen Lenz e neto de Edmundo Sobrinho Lenz e somos de Santo Ângelo - RS
ResponderExcluirOi. Estou procurando informações sobre Guilherme Jacob Lentz. Pai de José Guilherme Lentz e Malvina Francisca Lentz. Será que somos parentes?
ResponderExcluirOlá, Edu. Sebastian Lenz teve vários filhos com a mulher. E por sua vez, os filhos também. O ideal é procurar pela data e nome da esposa. Mas se a família é da região de Florianópolis, vai ser fácil encontrar. Abs
ExcluirMeu nome é Maurício Lentz, meu avô paterno Ivo Lentz, somos parentes?
ResponderExcluirOlá, Maurício. Provavelmente, somos. Precisaria saber o nome do teu pai também. Tenho pesquisado sobre a família Lentz e elaborado uma árvore genealógica. Se tiveres interesse me contata por aqui. Abs
ExcluirJosé Mário Lentz
ExcluirSebastião Lentz e Maria Anna Brandt eram meus tetravós 😅
ResponderExcluirQue legal, Dayani. Temos antepassados em comum. De qual filho (a) descendes ? Tens fotos dos teus antepassados? Estou elaborando a árvore genealógica, tenho interesse em buscar essas informações.
ExcluirOlá! Me chamo Giselle Lentz, mejavo se chamava Sebastião lentz. Sim de caxias do sul-RS
ResponderExcluirOlá Giselle. Descendes do Sebastião Lentz de São José?
ResponderExcluirTem mais informações sobre os Lins eu me chamo Manoel Lins
ResponderExcluirOlá. Sobre os Lins não tenho, infelizmente
ExcluirOlá procuro alguma informação sobre Ana lentz o exposo chamavase Henrique Ana Lentz era mãe de Amado lentz era meu avô por parte de pai ele nasceu em 1910 seus pais vieram Alemanha Polônia algo assim, não sei ao certo mas moravam em bom Jesus ou santa Catarina , desde já agradeço
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMe chamo Tiaila Lentz
ResponderExcluirSou neta de Arnaldo Lentz
E bisneta de Antônio Lentz
Natural de Pirataba
Tem um Sabastião Lentz que desembarcou em Paranaguá com registro russo. Pode ser do grupo que habitou o Volga na época de Catarina a Grande, O "T" veio da transliteração mal feita do alfabeto cirílico : Себастьян Ленц. A profissão era "lavrador" então também pode ter sido servo liberto, neste caso era eslavo e não germânico, o que bate com um exame de DNA que minha filha fez.
ResponderExcluir