Mário Vieira da Rosa

Nasceu em São José, a 25 de março de 1896.

Era filho de Francisco Vieira da Rosa e Amélia dos Santos Rosa, de tradicional família josefense.
Fez o Curso Primário na Antiga Escola do Professor Peixoto.

Trabalhou no Estado do Paraná, em Contenda perto de Curitiba, numa indústria de caixa de madeira.
Retornando de lá, estabeleceu-se na Praia Comprida, com Armazém de Secos e Molhados, à Rua Antônio Carlos, hoje Rua Dr. Constâncio Krumell, local da Padaria Duarte. (1)

A 17 de dezembro de 1925, casou-se com Esther Fontes Domingues, filha de Antônio Joaquim Domingues e Maria Laura Fontes Domingues, natural de São José.

Durante mais de quarenta anos, trabalhou com afinco, tornando-se um grande comerciante.

Sua casa de comércio destacou-se entre as demais. Gozava de ótimo conceito geral, de crédito dos atacadistas e da preferência dos fregueses.

Era um armazém muito sortido, onde se encontraram mercadorias das mais diversas regiões, numa época de transporte difícil, pois as BRs ainda não estavam em projetos.

Mário Vieira da Rosa realizou-se profissionalmente e tinha um grande amor à sua terra natal.
Admirava a Política, adepto entusiasta do PSD, depois filiado à ARENA.
Foi eleito Vereador, mas não exerceu o mandato em virtude da suspensão do Poder Legislativo, na época.

Tinha mentalidade avançada para o seu tempo.
Gostava de viajar, conhecer novas cidades, apreciar o belo, o progresso, o avanço da tecnologia e o desenvolvimento do mundo.
Desfrutava o conforto, com simplicidade e modéstia. Cultivava plantas no seu quintal, e as flores e os frutos lhe agradeciam com perfume e sabor.
Amava a vida, dom de Deus.

Teve a graça de constituir uma família muito feliz, com sua dedicada esposa e viver até os 86 anos de idade.
Chefe de família exemplar, deu às suas filhas uma formação moral e religiosa, educação no Colégio Coração de Jesus, em Florianópolis onde receberam o diploma de professoras.

Em dezembro de 1975, o casal comemorou suas Bodas de Outro, na Igreja Matriz de São José.
Faleceu no dia 20 de setembro de 1982.
Está sepultado no Cemitério da Irmandade de Nosso Senhor dos Passos.

Deixou cinco filhas, 25 netos e 21 bisnetos, e uma herança inestimável de honradez, honestidade, respeito, trabalho, bondade, sentimentos, caráter, retidão, integridade, lições de fé, esperança e amor.
Será sempre lembrado, com ternura e saudade, pelos seus descendentes, que, embora não assinem mais Viera da Rosa, certamente, terão gravado esse nome no coração.

1 - Atualmente, no local, existe o posto de gasolina ao lado do Bistek. Sua moradia passou para o outro lado da rua, onde hoje existe a DMI.

Escrito pela sua filha e minha mãe, Nilda Rosa de Souza em 1982.



Mário Vieira da Rosa



Esther Domingues da Rosa 



Venda do Mário Vieira da Rosa. Da esquerda para direita : Esther Domingues da Rosa, sua mãe Maria Laura Fontes Domingues, Mário Vieira da Rosa, filha Neide Rosa Schmitt, filha Nilda Rosa de Souza e na frente a criança Laura Schmidt.



Livro de contabilidade da venda




Propaganda nos jornais da época 


Da esquerda para à direita: Maria Esther, Mário Vieira da Rosa, Nilda,  (minha mãe), Esther Domingues da Rosa e Ruth.



Esther Domingues da Rosa e Mário Vieira da Rosa



Texto redigido por Mário Vieira da Rosa por ocasião da morte de Bem-Bem.
Luiz da Gama Parente, conhecido como Bem-Bem, em seu carro de aluguel, o 1 da cidade de São José 



Conheci o Bem-Bem desde mocinho.
Os bons momentos que recordo, tem sempre como peça inseparável o Ford 29 que o acompanhou desde a década de 1930.
O amigo Bem-Bem e seu Ford 29 entraram na história de nossa cidade, pois o carrinho foi o único de aluguel existente durante muitos anos, atendendo casamentos, batizados, nascimentos, doenças e passeios em geral.
Fizemos passeios inesquecíveis com o Ford 29, enfrentando as estradas da época.
Entre os tais passeios posso destacar um a cidade de Jaraguá do Sul, onde o carrinho enfrentou a perigosa serra, saindo-se vitorioso graças a habilidade do motorista.
Passeamos também em outras cidades do Estado como Joinville, sem contar as vezes que visitamos o interior da Ilha, passando pelas praias e junto com outros amigos de São José como Arnoldo Souza, para ver a pesca da tainha e mesmo baleias quando pescadas.

Posso dizer que Bem Bem foi um ótimo companheiro, amigo de horas boas e difíceis, exemplar profissional, cujas atitudes devem ser seguidas pelos atuais motoristas.

                                                             Mário Vieira da Rosa 







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