AFONSO GONÇALVES BALDAIA, o antepassado de famílias josefenses Por Nelson Murilo Pessôa

É notório que a Cidade de São José foi colonizada em grande parte por famílias procedentes do Arquipélago de Açores que aqui chegaram em meados do século XVIII.

Localizadas no Atlântico Norte, as Ilhas foram colonizadas pelos portugueses a partir da primeira metade do século XV. Hoje ainda fazem parte de Portugal, mas com autonomia administrativa.

Muitas destas famílias procediam da Ilha denominada Terceira, uma das nove que compõe o Arquipélago e dentre as pessoas que colonizaram a Ilha Terceira, destacou-se Afonso Gonçalves Baldaia ou Afonso Gonçalves de Antona Baldaia, antepassado de famílias josefenses. 

Fidalgo, cavaleiro, navegador, funcionário da coroa portuguesa e colonizador, Baldaia foi também um dos primeiros a participar do projeto de navegação e expansão do império português iniciado no século XV.



Figura de Baldaia no Padrão dos Descobrimentos em Lisboa/Portugal
https://padraodosdescobrimentos.pt/conjunto-escultorico/#afonso-goncalves-baldaia-est

       Quem está representado no Padrão dos Descobrimentos? | VortexMag
Padrão dos Descobrimentos - Lisboa, Portugal


Vamos contar um pouco dessa história mas iniciando com fatos anteriores aos feitos de Baldaia e colonização dos Açores, para que se tenha noção de como as coisas tomaram rumo e resultaram na ocupação do Arquipélago pelos portugueses e que influenciaram também a colonização do Brasil e até a formação da nossa São José.

Longe de querer ensinar história, escrevemos para levar um pouquinho do que aprendemos e para despertar interesse sobre a origem da Cidade e seus antepassados.

Para quem já conhece, serve para relembrar, para troca de informações e para até para correção, caso venhamos apresentar algo que não esteja certo.



Batalha de Aljubarrota e a consolidação da independência portuguesa.

Para podermos entender o que foram as conquistas, os descobrimentos e as colonizações portuguesas dos séculos XV e seguintes (incluindo Açores e o Brasil), é preciso voltar no tempo.

Portugal conquistou sua independência no século XII e nos anos seguintes buscou a consolidação e expansão de seus domínios na Península Ibérica. Expulsou os mouros e conquistou novos territórios, como a região do Algarve. Iniciou-se, então, um período de prosperidade e fortalecimento da identidade da Nação.

Ocorre que em 1383 morre o Rei Fernando de Portugal sem deixar herdeiro do sexo masculino. Sua filha Beatriz seria a sucessora legal, porém a mesma era casada com o Rei Juan I de Castela. 

Parte dos portugueses perceberam que nesta situação o país poderia perder a independência, uma vez que o marido da herdeira, Dom Juan I de Castela, provavelmente se valeria da situação para reivindicar o trono português, mesmo que no contrato de casamento houvesse um item impedindo esta situação. Referida cláusula estabelecia que Dona Leonor, viúva do Rei, permaneceria regente até que Beatriz tivesse um filho varão e este estivesse em idade de assumir o trono.

Parte da população rejeitou submeter-se à regência de Leonor (viúva do Rei). O país ficou então dividido entre aqueles que apoiavam a regente e sua filha e os que apoiavam um dos irmãos do falecido Rei Fernando.

Um dos irmãos de Fernando era João que estava em Castela e havia sido encarcerado providencialmente por Juan I impedindo-o de tomar qualquer medida para reivindicar seus direitos. O outro também chamava-se João, o Mestre da Ordem Militar de Avis. Este, entendendo ter também direito ao trono, matou o Conde Andeiro (um nobre conselheiro e possivelmente amante da Regente), passando a ter o apoio de muitos portugueses, inclusive de Cidades como Lisboa, que lhe concedeu o título de Regedor e Defensor do Reino.

Para salvaguardar os direitos de sucessão de sua esposa, e com pretensões de anexar o reino português, o Rei Juan I promove alguns confrontos contra Portugal (inclusive um longo cerco à Lisboa) mas por diversos fatores não logrou êxito.

Em 14 de Agosto de 1385, após Castela invadir novamente Portugal com enorme exército, ocorre aquele que seria um dos embates mais incríveis da idade média. Denominada inicialmente Batalha da Realeza, pelo fato de ambos os monarcas estarem em campo, é mais conhecida como Batalha de Aljubarrota em razão do campo de combate ficar perto da Vila com esta denominação).

Os castelhanos em número muito maior (em torno de 30.000 combatentes), reforçados por 2.000 cavaleiros franceses, atacaram o exército português que tinha cerca de 8.000 homens e auxílio de 300 arqueiros ingleses. Mesmo em menor número os portugueses aproveitando sua posição no campo de combate, as particularidades do terreno e à estratégia de seu Comandante (Nuno Álvares Pereira), aniquilaram a cavalaria francesa e posteriormente derrotaram o exército de Juan I pondo-o em fuga. A derrota foi tão devastadora e humilhante que Castela permaneceu de luto por dois anos, até o Natal de 1387.

Depois deste episódio, Portugal confirmou sua independência, Dom João foi reconhecido como Rei e o País pode dar prosseguimento aos seus futuros projetos, iniciando uma nova era que lançaria a Nação em sua mais gloriosa aventura: Conquista dos mares, descobrimento de novas terras e transformando-se na maior potência da Terra nos séculos seguintes. 


Afonso Gonçalves Baldaia – Wikipédia, a enciclopédia livre
Brasão de Afonso Gonçalves Baldaia

                                                          



 A Conquista de Ceuta.

Após a Batalha de Aljubarrota, Portugal buscou consolidar sua posição estabelecendo laços com outras nações, já que suas diferenças com Castela persistiam. O reconhecimento da independência só ocorreu em 1411 com a assinatura de um tratado de paz.

Um desses acordos foi o casamento do Rei Dom João I com Dona Filipa de Lencastre (ou Lancaster, na Inglaterra). Da união nasceram os filhos designados por Camões como “geração ínclita.” Um deles era o infante Dom Henrique que posteriormente tornou-se figura importantíssima no projeto expansionista português.

Encorajado pela mulher pelos filhos e por outros membros proeminentes da corte, Dom João I dá início a uma aventura sem precedentes na história do País, começando a planejar a conquista de um território fora do continente europeu.

Em 1415, após longo planejamento, Portugal invade e conquista Ceuta, um importante centro comercial no Norte da África dominado pelos muçulmanos. Há divergência sobre os motivos que levaram o País a esta ação, mas se foi por motivos comerciais, religiosos, para defesa da navegação, demonstração de força, busca de prestígio ou mesmo início de um projeto de expansão, o fato é que deu resultado. 

Com uma das maiores frotas até então montadas, Portugal lançou-se ao mar, atacou e conquistou a Cidade que não ofereceu muita resistência pois não era uma fortaleza militar. A mesquita local foi “purificada” e o Rei armou cavaleiros seus filhos Duarte, Pedro e Henrique. A Cidade foi confiada a um contingente de 2.500 homens e a Armada retornou à Portugal.  

Esta conquista foi muito importante do ponto de vista religioso, político e até como demonstração de força, mas comercial e financeiramente não foi grande coisa. Os muçulmanos logo dirigiram as rotas comerciais para outras praças. A Cidade sempre necessitou de outros portos e cidades para abastecimento, continuando a ser assediada pelos mouros que nunca aceitaram sua perda.

Porém, Ceuta era apenas o início. Portugal estabeleceu uma cabeça de ponte no continente africano, a vitória deu moral e impulsionou o País a um projeto de expansão muito maior, que tinha no mar a sua principal via de conquista. 

 

Maria José Carvalho de Souza, uma das descendentes de Baldaia 

                                           

      

 Baldaia IV – O Infante Dom Henrique

Dom Henrique foi um príncipe português muito inteligente, culto, corajoso, empreendedor e aventureiro, que possuía uma infinidade de predicados incomuns às pessoas da Europa do século XV.

Filho de João I e Felipa de Lencastre, não era herdeiro do trono português, mas isto não o impediu de tornar-se um dos personagens mais influentes do País e protagonista de uma das mais importantes fases da história da humanidade.

Foi um dos incentivadores da missão que conquistou Ceuta. Após a vitória, junto de seus irmãos Duarte e Pedro, foi armado cavaleiro e lhe coube a administração da Cidade conquistada. Posteriormente foi nomeado mestre da Ordem de Cristo, instituição que sucedeu os Templários em território português.

Sabia das dificuldades de seu País e que a sobrevivência do mesmo, num continente com recursos limitados e bastante explorados, dependia da ampliação dos horizontes.  Então percebeu que o mar era a solução.

Montou seu quartel general no Algarve, sul de Portugal. Para lá levou cosmógrafos, construtores de barcos, capitães, pilotos, marinheiros e outros profissionais que ajudaram Portugal a realizar avanços tecnológicos na área da navegação. O local tornou-se um celeiro de grandes navegadores que, desafiando as lendas e os mistérios, alargaram as fronteiras e deram início a uma nova era da história.

Assim, nasceram as grandes navegações.

 

Afonso Gonçalves Baldaia
Placa comemorativa aos navegadores em 1973



Baldaia V – O desafio do Cabo Bojador.

No início das Grandes Navegações, vários eram os desafios a serem enfrentados pelos pioneiros. Além do temor pelo desconhecido e as superstições, existiam ainda obstáculos físicos. Um deles era o Cabo Bojador.

Esse acidente geográfico localizado no atual Saara Ocidental, era envolto em lendas e mitos por conta das várias embarcações portuguesas que ali haviam desaparecido. Acreditava-se que o Bojador era o fim do mundo. Estava constantemente envolto por nevoeiro e rodeado de recifes, o que dificultava sua travessia e consequentemente as viagens para o sul do Continente Africano.

O Infante Dom Henrique, no entanto, não acreditava que ali acabava o mundo. Por conta disso, incumbiu Gil Eanes, um navegador vinculado a sua casa, para realizar a tarefa. Assim, em 1433, Eanes comandando uma Barca, partiu, chegou às Canárias mas não atingiu o Bojador.

Já em 1434, encorajado pelo Príncipe, o valente navegador empreende nova jornada e dessa vez, superando medos e outras dificuldades, consegue dobrar o misterioso Cabo e navegar algumas milhas além, comprovando que o mundo não terminava ali.

No ano seguinte, Gil Eanes empreende outra viagem e dessa vez acompanhado por uma embarcação capitaneada por Afonso Gonçalves Baldaia.

 

Baldaia VI – Afonso Gonçalves Baldaia: O Copeiro do Príncipe e navegador.

Afonso Gonçalves Baldaia ou Afonso Gonçalves de Antona Baldaia nasceu aproximadamente em 1415 da era comum. Vinha de uma família importante originária da Cidade do Porto, cujos integrantes serviram a corte portuguesa em postos importantes.


Afonso, por volta de 1434 era ligado à casa de D. Henrique onde exercia a função de copeiro. Esse cargo era de extrema confiança e dentre outras funções cabia-lhe provar as bebidas antes do príncipe e fazer sua segurança pessoal. Essa função era outorgada a um homem de caráter, de alta confiança e influência junto ao membro da casa real.


Ao retornar da viagem onde conseguiu dobrar o Cabo Bojador, o Navegador Gil Eanes deu conta ao Infante D. Henrique que se podia prosseguir para o sul. Com essas informações o príncipe mandou preparar mais uma embarcação, um barinel (barco à vela que também podia ser equipado com remos) e nele enviou seu Copeiro. O objetivo era atingir novas terras e encontrar pessoas para fazer contato.


Assim, em 1434, Gil Eanes em uma embarcação e Baldaia em outra, empreenderam nova jornada onde passaram além do Cabo, prosseguiram para o sul umas cinquenta léguas (aproximadamente uns trezentos quilômetros). Encontraram casas, rastros de homens e camelos, mas não conseguiram qualquer contato. Nesta viagem cruzaram o Trópico de Câncer, sendo a primeira vez que isso foi registrado entre os europeus, desde os fenícios em 813 a.C.

Embora a expedição tenha sido importante do ponto de vista da navegação ao longo da costa ocidental da África, parece que o resultado não agradou muito ao príncipe que em 1435 ou 1436 enviou novamente Baldaia na mesma embarcação com ordens explícitas de navegar até onde fosse possível, procurar e encontrar gente e mercadorias. Além da tripulação foram embarcados dois cavalos. Assim partiram.


Acredita-se que essa segunda viagem de Baldaia tenha atingido uma localidade denominada Rio do Ouro e Pedra da Galé (acidente geográfico assim denominado por causa de uma pedra semelhante a uma galé). Conforme narrativa de Gomes Eanes Zurara em Crônica dos Feitos da Guiné, os cavalos foram usados por dois homens (Heitor Homem e Diogo Lopes de Almeida) que entraram por terra, avistaram cerca de dezenove homens mas não capturaram nenhum deles. Baldaia então retornou sem saber se aqueles eram mouros, gentios ou que tipo de vida levavam.


O destaque para a participação de Afonso Gonçalves Baldaia nessas viagens é o fato de que o mesmo não vinha do meio naval. Ao contrário de Gil Eanes, nada existe que possa comprovar que Baldaia fosse dessa área. Em princípio, foi a primeira vez que uma expedição foi delegada pelo armador (no caso D. Henrique), a um homem de confiança, seu copeiro. Aparentemente esta era a única função de Baldaia na época. A partir de então essa prática parece que tornou-se praxe, ou seja, o armador incumbia um homem de confiança para comandar a missão e para a navegação escolhia um piloto de ofício.


A partir daí não existem mais notícias que liguem Afonso Gonçalves Baldaia à navegação mas seu trabalho foi tão importante que os portugueses o imortalizaram no monumento Padrão dos Descobrimentos em Lisboa, junto a figuras como o Infante D. Henrique, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama e outros grandes navegadores.


Baldaia foi ainda nomeado por D. Duarte, o Rei de Portugal, para a função de almoxarife das “sizas e direitos reais” na Cidade do Porto, sem prejuízo de ser da casa do irmão (D. Henrique). Exerceu esse cargo, pelo menos, até 13 de Outubro de 1442, conforme registro de sua presença em uma sessão da Câmara do Porto.


 Baldaia VII – Afonso Gonçalves de Antona Baldaia: O colonizador.


A Terceira é uma das nove ilhas que formam o Arquipélago dos Açores, localizado no Atlântico Norte. Tem uma área total de 400,3 Km2, quase o tamanho da nossa Ilha de Santa Catarina que possui 424 Km2. Sua descoberta (ou reconhecimento) é atribuída aos trabalhos empreendidos pelo Príncipe D. Henrique e remontam à primeira metade do século XV de nossa era.


É assim chamada por fazer parte das Ilhas Terceiras, antiga denominação dos Açores, pelo fato de ser o terceiro grupo de ilhas descobertos no Atlântico depois das Canárias e da Madeira. Chegou a ser denominada Ilha de Nosso Senhor Jesus Cristo das Terceiras, mas com o passar dos anos passou a ser conhecida como Ilha Terceira.


A colonização da Ilha também ficou a cargo de D. Henrique que em 21 de Março de 1450 a doou ao flamengo Jácome de Bruges por carta datada de 21 de Março de 1450: "Eu, o Infante D. Henrique (...) faço saber que Jácome de Bruges, natural da Flandres, me disse que (...) estando a ilha Terceira, nos Açores, erma e inabitada, me pedia que lhe desse autorização para a povoar, como senhor das ilhas. E eu, (...) querendo lhe fazer graça e mercê, me apraz conceder-lha. E tenho por bem que ele a povoe da gente que lhe aprouver, desde que seja de fé católica."[4]Bruges levou sua gente, muitas famílias portuguesas e animais. Jácome de Bruges desapareceu em circunstâncias misteriosas e foi sucedido por Álvaro Martins Homem outro explorador português do século XV, que exerceu o cargo de capitão donatário da Ilha Terceira.


Baldaia seguiu para a Terceira com Álvaro Martins Homem, de quem era auxiliar e substituto em caso de ausência. Foi um dos primeiros colonizadores da citada Ilha onde chegou já viúvo de sua primeira esposa D. Antônia Gonçalves. Recebeu terras e fixou residência em Angra do Heroísmo, mudando posteriormente para a Praia da Vitória. Casou-se uma segunda vez na Ilha com Inês Rodrigues Fagundes. Teve numerosa prole de ambos os casamentos.


Na referida Ilha recebeu em doação muitas propriedades. Construiu uma casa na localidade de Angra do Heroísmo que cedeu posteriormente os frades franciscanos para edificação de seu convento. Na Vila da Praia, onde fixou residência posteriormente, também cedeu propriedades aos franciscanos. Era tão devotado a essa Ordem, que recebeu o apelido de “Velho de São Francisco”.


Faleceu em 1481 na Vila da Praia e seu corpo foi sepultado em Angra do Heroísmo conforme suas determinações, no convento dos franciscanos. Seu sucessor foi Pedro Afonso Baldaia, seu filho.

 

Baldaia VIII – Descendentes e imigrantes que chegaram a São José.

Ignês Gonçalves Fagundes, uma das filhas de Baldaia gerou descendentes que por várias gerações ajudaram a povoar a Ilha Terceira e que por lá se mantiveram por gerações.


No século XVII, porém, a situação nas Ilhas já não era confortável. O aumento da população, a escassez de terras, de recursos, o precário desenvolvimento além dos abalos sísmicos constantes, eram alguns dos problemas que afetavam a sobrevivência dos habitantes.


No sul do Brasil, no entanto, o problema era outro. Havia abundância de terras, mas faltava gente para povoamento, defesa e desenvolvimento. Assim, para resolver ambos os problemas o governo português resolveu estimular a imigração.


Prometeram aos ilhéus ajuda para sua instalação, como o fornecimento de ferramentas, armas, dinheiro, alimentos e terras, dentre outros benefícios. Várias famílias então se deslocaram dos Açores para povoar o Sul do Brasil, muitas delas para a Ilha de Santa Catarina e região. Esses grupos de imigrantes começaram a chegar por volta da metade do século XVIII. Cabe ressaltar que boa parte das promessas de governo não foram cumpridas (como sempre), tendo os pobres imigrantes que se virarem sozinhos após a chegada.Boa parte desse povo espalhou-se pelo litoral catarinense. 


Francisco Martins Galego descendente de Ignês Gonçalves Fagundes e consequentemente de Afonso Gonçalves Baldaia era um desses imigrantes. Foram várias gerações da família vivendo naquela Ilha até que Francisco resolveu aceitar o desafio e mudou-se para cá com a família. Entre os integrantes dessa jornada estava seu filho, Manoel Luís Pinheiro, nascido no dia 25/05/1747 em Agualva, Praia da Vitória, Ilha Terceira.


Manoel Luis Pinheiro chegou ainda criança e posteriormente fixou-se na Ilha de Santa Catarina. Gerou vários descendentes que multiplicaram-se e ajudaram a povoar a região. Verificando documentos da Igreja constata-se que a geração seguinte já estava se espalhando por outras localidades como comprovam registros de batismo, casamento e óbito das diversas paróquias, inclusive São José.


Eu descendo de um de seus filhos, João Antônio da Silva Pinheiro. Desse ramo, após algumas gerações, nasceu Maria Matilde da Silva, minha mãe. Outro dos filhos de Manoel, chamado Alexandre José de Campos, deu origem à família de onde descende, em parte, minha companheira Maria José Carvalho de Souza.


Considerando que Francisco Martins Galego gerou outros filhos e estes também tiveram prole numerosa, é certo que há muitos outros descendentes de Afonso Gonçalves Baldaia e que seguem vivendo por aqui.


Essa é só uma das muitas histórias dos imigrantes açorianos que chegaram a São José e região. Uma saga que, como relatamos, tem início muito antes da colonização de nosso Município. Outras histórias como estas devem existir e vale muito a pena sua pesquisa e divulgação, lembrando dessa forma os antepassados que proporcionaram nossa existência..


Como comentei inicialmente, esses textos não tem a pretensão de ensinar nem de tornar-se uma verdade absoluta em relação aos lugares e vida das pessoas citadas. São o resultado de minha curiosidade sobre a genealogia de minha família e história de São José. Não é o resultado de uma pesquisa muito aprofundada e com critérios científicos. Consequentemente, pode conter enganos, mas nada é resultado de invenção, havendo farto material de pesquisa que dão suporte.

Referência: 



SEGUIER, Jaime.  Dicionário Prático Ilustrado. Lisboa,  Editores Lello & Irmãos: 1956.

https://www.fundacao-aljubarrota.pt/storage/pages/5/A_Batalha_de_Aljubarrota.pdf;

https://www.todamateria.com.br/escola-de-sagres/;

https://www.revistamilitar.pt/artigo/1029;

https://ensina.rtp.pt/artigo/o-infante-d-henrique-e-o-mito-da-escola-de-sagres/;

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/imperio-portugues---periodo-henriquino-a-conquista-de-ceuta-e-a-escola-de-sagres.htm;

http://biografias.netsaber.com.br/biografia-2284/biografia-de-infante-dom-henrique--o-navegador;

 http://cvc.instituto-camoes.pt/navegaport/g47.html;

PERES, Damião, História dos Descobrimentos Portugueses, 4ª ed., Porto, Vertente, 1992.

https://pt.rodovid.org/wk/Pessoa:676615;

https://pt.scribd.com/document/525670942/Genealogias-Da-Ilha-Terceira-V-01-Tit-Antona-Cap-1-a-5

https://medalhasportuguesas.wordpress.com/2015/10/09/1123/


 

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